sábado, 11 de setembro de 2010

Manifesto

Mais um dia neste mundo em que o respeito cada vez mais se torna virtual, onde a honra e o terno se tornam incomuns, eu me desconheço em meio a todo esse caos cotidiano.
Me pergunto a cada dia se realmente faço parte desse sistema ao qual sou preso, logo concluo que sim. Me desespero ao perceber que a minha vida está sendo levada diante dos meus olhos pelo sofrimento que impregna cada vez mais em mim. A desigualdade nesse mundo é algo costumeiro, cotidiano. Só me pergunto por que somos viciados no julgamento de caráter, de casta , financeiro e preconceituoso. Atualmente cheguei a conclusão que o mundo é injusto, mas pela a primeira vez eu fiquei indignado. A minha indagação foi referente a um caso que me atingiu indiretamente, e ,como uma pessoa comum, me dei conta que só me preocupo com os problemas quando são meus. O problema sempre esteve aqui mas nunca tinha me atingido.
A minha revolta me causou alguns momentos de cólera e histeria, pois me vi naquele momento com um sonho em ruínas, fruto de uma divisão de classes estúpida, prepotente e soberba, pois independentente das classes deveria haver uma igualdade, igualdade esta que continua sendo uma esperança, ouso em dizer uma ilusão. A divisão de classes é um caso antigo para os moradores desse mundo... para os freqüentadores das boas rodas, e para os das piores também. Os mais pobres são excluídos e os mais favorecidos financeiramente inclusos. A inclusão social é uma meta, porém continua como uma meta preconceituosa, que traz vergonha, dor, calunias. A ruína desta sociedade está em "sermos igualitários, um sonho, não uma realidade, infelizmente.



(Fernandes)